
O União Brasil, um dos partidos de destaque no cenário político brasileiro, tomou uma decisão drástica nesta quarta-feira (20), afastando o deputado Luciano Bivar (PE) da presidência da legenda. A medida, que surpreendeu muitos, ocorreu em meio a um intenso conflito político interno que envolveu acusações graves e disputas pelo comando do partido.
Bivar, cujo mandato à frente do partido deveria durar até o final de maio, viu-se no epicentro de uma controvérsia política ao enfrentar Antonio Rueda, que o derrotou na eleição para a presidência. Esse confronto político se tornou ainda mais intenso quando duas casas de praia pertencentes à família de Rueda foram misteriosamente incendiadas na semana passada, levantando suspeitas e acusações entre os envolvidos.
O União Brasil, que detém uma significativa representação no Congresso Nacional, com a terceira maior bancada da Câmara dos Deputados e presença no Senado, enfrenta agora um momento de crise interna, desafiado por disputas de poder e acusações sérias entre seus membros. A fusão entre o antigo DEM e o PSL em 2022 deu origem a essa agremiação política, que se tornou uma das principais forças da centro-direita no país.
As acusações contra Bivar, que culminaram em seu afastamento, incluem ameaças contra o vice-presidente Antonio Rueda e sua família, suspeitas de motivação política nos incêndios que destruíram as propriedades de Rueda e de sua irmã, além de alegações de violência política contra uma mulher. A crise interna ganhou ainda mais força com a validação de cartas de desfiliação de seis deputados do Rio de Janeiro sem consulta colegiada ao partido.
O desfecho dessa turbulência política no União Brasil permanece incerto, mas o afastamento de Bivar da presidência evidencia as fissuras internas e os desafios enfrentados por um dos principais partidos do espectro político brasileiro.