Donald Trump foi declarado vencedor das eleições presidenciais dos Estados Unidos de 2024, conquistando seu segundo mandato após uma campanha marcada por promessas audaciosas e incidentes notáveis. Com uma clara vitória no Colégio Eleitoral, Trump atingiu 277 delegados, superando a democrata Kamala Harris. A confirmação de sua vitória veio após uma série de apurações em estados cruciais, culminando na sua vitória no estado de Wisconsin, que lhe garantiu a quantidade necessária de delegados para assegurar o retorno ao cargo.
A campanha de Trump foi delineada por um foco no combate à imigração irregular, políticas de tarifas mais altas para proteger a indústria americana e a promessa de cortes de impostos para estimular a economia e reduzir o custo de vida. Esses temas ressoaram fortemente com a base republicana e atraíram eleitores que se sentiram frustrados com a atual administração e a situação econômica do país.
Após perder a reeleição em 2020 para Joe Biden, Trump se recusou a reconhecer a derrota, perpetuando um clima de tensão política que culminou na invasão do Capitólio por seus apoiadores em 6 de janeiro de 2021. Ele deixou a presidência em janeiro de 2021, sem comparecer à cerimônia de posse de Biden, rompendo uma tradição de décadas na política americana. Apesar de enfrentar várias acusações e processos judiciais, Trump conseguiu manter um controle significativo sobre o Partido Republicano, moldando sua agenda e influenciando a direção política do partido.
Durante a campanha de 2024, Trump enfrentou diversos desafios, incluindo uma tentativa de assassinato em julho, quando foi ferido de raspão enquanto se dirigia a um comício na Pensilvânia. Incidentes como esse não apenas aumentaram a tensão em torno de sua candidatura, mas também galvanizaram seus apoiadores, que o viam como uma figura emblemática lutando contra as forças que, segundo eles, ameaçavam a liberdade e os valores americanos.
A campanha de Trump também se beneficiou de uma aliança notável com Elon Musk, o bilionário proprietário do X (anteriormente conhecido como Twitter). Musk não só participou de comícios ao lado de Trump, mas também fez doações substanciais para sua campanha e promoveu sorteios de prêmios em dinheiro para seus apoiadores, o que levou a investigações por possíveis violações das normas eleitorais. Essa dinâmica entre dinheiro, influência e política intensificou o debate sobre o papel dos bilionários na moldagem do cenário eleitoral nos Estados Unidos.
O histórico de Trump na política é intrinsecamente ligado à sua vida empresarial. Nascido em Nova York em 1946, ele se tornou um magnata do setor imobiliário, expandindo seus negócios para incluir hotéis de luxo e cassinos. Sua fama cresceu nas décadas de 1980 e 1990, e sua imagem pública foi solidificada pelo reality show “O Aprendiz”, que o destacou como um empresário de sucesso. Sua transição para a política foi marcada por críticas a Barack Obama, que lhe proporcionaram uma plataforma na mídia que, eventualmente, levou à sua candidatura presidencial.
Trump foi eleito pela primeira vez em 2016, prometendo “tornar a América grande novamente”. Seu governo foi caracterizado por uma retórica agressiva contra imigrantes, políticas de desregulamentação econômica e uma abordagem controversa em relação à pandemia de Covid-19. A resistência de Trump às medidas de isolamento social e sua promoção de tratamentos não comprovados durante a crise sanitária foram amplamente criticadas, mas ajudaram a solidificar seu apoio entre os eleitores que se opunham ao que viam como exageros do establishment político.
Com sua vitória em 2024, Trump não poderá buscar uma nova reeleição, já que a legislação americana limita um indivíduo a dois mandatos presidenciais. Contudo, seu retorno ao cargo representa uma nova era para o Partido Republicano e um teste significativo para a política americana, que continua a ser polarizada por questões de imigração, direitos civis, e o papel do governo na vida dos cidadãos.
O impacto das ações de Trump e suas promessas durante a campanha será cuidadosamente observado à medida que ele assume novamente a presidência. A perspectiva de um governo Trump, que já havia adotado posturas combativas e polêmicas, levanta questões sobre como o país lidará com desafios contemporâneos, como a crise climática, desigualdade social e tensões internacionais.
A vitória de Trump também pode ter implicações para as relações externas dos EUA, particularmente com países que tiveram suas interações marcadas por sua política externa assertiva e frequentemente controversa. A forma como ele lidará com a China, a Rússia e outras potências emergentes será fundamental para moldar o futuro do país no cenário global.
Em resumo, Donald Trump está de volta ao comando após uma campanha intensa, que não apenas destacou seu domínio sobre a base republicana, mas também refletiu as divisões mais profundas na sociedade americana. O futuro do país sob sua liderança será observado com atenção por aliados e adversários, enquanto Trump navega em um ambiente político complexo e frequentemente volátil.
