O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma afirmação polêmica sobre as relações dos EUA com o Brasil e outros países da América Latina durante um evento em sua posse nesta segunda-feira, 20 de janeiro de 2025. Enquanto assinava uma série de decretos no Salão Oval, Trump foi questionado sobre como ele via o relacionamento entre os Estados Unidos e as nações latino-americanas. Sua resposta, direta e contundente, destacou a importância dos EUA para a região.
“Boa. Eles precisam de nós, mais do que precisamos deles. Nós não precisamos deles, eles precisam da gente. Todo mundo precisa da gente”, afirmou Trump, destacando o papel fundamental que os Estados Unidos desempenham nas relações internacionais, particularmente com os países latino-americanos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumprimentou o novo presidente dos Estados Unidos após a posse e publicou uma mensagem em suas redes sociais, ressaltando a histórica relação de amizade e cooperação entre Brasil e EUA. Lula, em sua publicação no X (antigo Twitter), destacou que as nações têm fortes laços em áreas como comércio, ciência, educação e cultura.
As declarações de Trump surgem em um momento delicado nas relações entre os países, com a recente tensão diplomática envolvendo temas como a questão da Amazônia e a política externa do Brasil, além de críticas por parte de alguns governos latino-americanos à postura de Trump em questões de imigração e direitos humanos.
A declaração de Trump reflete a postura tradicional dos Estados Unidos em relação à América Latina, que historicamente vê a região como dependente das políticas e do apoio econômico dos EUA, apesar das críticas de diversos países sobre a atuação imperialista em assuntos internos de países da região.
O comentário gerou reações mistas, com alguns líderes latino-americanos questionando a visão de Trump sobre a região. Contudo, a afirmação também reflete um desejo de alinhamento mais estreito com os Estados Unidos, o que pode ter implicações significativas para as futuras negociações comerciais, segurança e questões ambientais.
As relações entre Brasil e EUA já foram pautadas por momentos de aproximação e distanciamento ao longo das últimas décadas, mas, com a posse de Trump e as perspectivas de políticas mais agressivas em relação ao comércio e à segurança, o cenário pode se tornar ainda mais dinâmico.
O futuro das relações bilaterais entre as duas potências ainda está em aberto, e será interessante observar como a retórica de Trump e as ações de seu governo irão moldar o relacionamento com a América Latina, especialmente com o Brasil, que tem sido uma peça chave na política externa dos Estados Unidos na região.
