Tremor de terra em São Paulo após terremoto no Chile assusta moradores

Fonte: U.S. Geological Survey
DA REDAÇÃO

Moradores de São Paulo relataram ter sentido um tremor de terra na noite de quinta-feira, 18 de julho, por volta das 23h. O fenômeno, associado a um terremoto de magnitude 7,3 registrado no Chile, foi percebido em diversos bairros da capital paulista. Segundo a Defesa Civil, até o início da madrugada desta sexta-feira, 19, não houve registro de vítimas. O Corpo de Bombeiros foi acionado e orientou a evacuação de um prédio na Rua Florianópolis, na altura do número 951, na Vila Bertioga, zona leste da cidade.

Os relatos dos moradores são variados. Em bairros como Vila Mariana, Tatuapé, Pinheiros, e Moema, pessoas relataram sentir o chão tremer e móveis balançarem. “Estava assistindo TV quando senti o sofá balançar. No início, achei que fosse algum caminhão pesado passando, mas logo percebi que era algo mais sério”, comentou Ana Clara Rodrigues, moradora de Moema.

O tremor também gerou preocupações quanto à segurança dos edifícios. Na Rua Florianópolis, o prédio foi evacuado por precaução. “O prédio inteiro saiu correndo. Os bombeiros chegaram rápido e nos orientaram a esperar do lado de fora até que fosse seguro voltar”, disse Carlos Menezes, residente do edifício evacuado.

O terremoto de magnitude 7,3 teve seu epicentro no norte do Chile, próximo à fronteira com a Argentina. De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o tremor ocorreu a uma profundidade de 80 quilômetros. A forte atividade sísmica foi sentida em várias regiões dos dois países, provocando pânico entre os moradores e danos estruturais em algumas localidades.

No Chile, especialmente nas regiões de Antofagasta e Tarapacá, os serviços de emergência foram acionados, mas até o momento não há informações sobre vítimas fatais. A população foi orientada a se manter em áreas seguras, longe de estruturas que pudessem colapsar devido a possíveis réplicas.

Na Argentina, a província de Salta também sentiu os efeitos do terremoto. “Foi um dos tremores mais fortes que já sentimos aqui. Muitos prédios antigos sofreram danos, mas, felizmente, não houve feridos graves”, relatou Juan Alvarez, residente local.

Em São Paulo, as autoridades municipais e estaduais responderam rapidamente ao incidente. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros monitoraram a situação durante toda a noite. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, emitiu um comunicado tranquilizando a população e reforçando que medidas preventivas estão em vigor para garantir a segurança de todos.

“Estamos monitorando a situação de perto e em constante comunicação com os serviços de emergência. Não há motivos para pânico, mas pedimos que a população siga as orientações das autoridades e mantenha a calma”, disse Nunes.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo também está avaliando as estruturas dos prédios que relataram tremores para garantir que não haja riscos futuros. Técnicos foram enviados para inspecionar as edificações mais afetadas.

O incidente em São Paulo levanta questões sobre a preparação da cidade para lidar com tremores de terra. Embora o Brasil não esteja localizado em uma zona de alta atividade sísmica, os efeitos de terremotos em países vizinhos podem ser sentidos. Especialistas em sismologia ressaltam a importância de estar preparado para tais eventos, mesmo que sejam raros.

“É crucial que a população saiba como agir em caso de tremores. Evacuar prédios de forma ordenada e seguir as instruções das autoridades pode salvar vidas”, explica a sismóloga Maria Helena Souza.

A Defesa Civil de São Paulo também enfatiza a necessidade de conscientização. “Estamos desenvolvendo campanhas de conscientização para que todos saibam como proceder em situações de emergência. O conhecimento pode fazer a diferença em momentos críticos”, afirma o coordenador da Defesa Civil, André Ferreira.

O tremor de terra sentido em São Paulo na noite de quinta-feira, 18, serve como um lembrete da importância da preparação e da prontidão para desastres naturais. A rápida resposta das autoridades e a cooperação dos moradores demonstram a resiliência da cidade diante de situações inesperadas. Enquanto isso, a comunidade continua vigilante e pronta para enfrentar futuros desafios.