
Os temporais avassaladores que atingiram o Rio Grande do Sul deixaram um rastro de destruição, com consequências trágicas em diversas partes do estado. Com o aumento para 50 do número de mortos e dezenas de desaparecidos, a situação é crítica. Mais de 180 trechos de rodovias estão bloqueados, afetando a mobilidade, e cerca de 300 mil pessoas estão sem energia elétrica.
A Defesa Civil do estado atualizou os números, confirmando que as chuvas torrenciais resultaram em 50 mortes, 68 pessoas desaparecidas e 74 feridas. A situação é alarmante, com 32.248 desabrigados, entre aqueles que estão em abrigos e os que buscam refúgio na casa de familiares e amigos. Mais de 235 municípios enfrentam problemas, afetando mais de 350 mil pessoas.
Os estragos não se limitam às vidas perdidas e desabrigados. A infraestrutura viária do RS sofreu danos significativos, com 188 trechos de rodovias bloqueados, parcial ou totalmente, devido às condições climáticas adversas. O caos se estende também à falta de energia elétrica, afetando 296 mil clientes da Rio Grande Energia, principalmente nas regiões do Vale do Taquari, Metropolitana e Vale do Rio Pardo.
Na capital Porto Alegre, o cenário é de calamidade. O transbordamento do Rio Guaíba inundou ruas e avenidas, levando ao fechamento da estação rodoviária e do Aeroporto Salgado Filho. A mobilidade na cidade está comprometida, com 95% das viagens de ônibus suspensas.
Diante da gravidade da situação, o governo decretou estado de calamidade, medida que foi reconhecida pelo governo federal. Com isso, o RS poderá solicitar recursos federais para auxiliar nas ações de socorro e reconstrução. A Força Nacional foi mobilizada, com 100 integrantes enviados para ajudar nas operações de resgate e assistência às vítimas.
Os meteorologistas alertam que os temporais são resultado de uma combinação de fatores, incluindo correntes de vento intensas, umidade vinda da Amazônia e um bloqueio atmosférico. Com previsão de mais chuva nas próximas 24 horas, a população e as autoridades estão em alerta máximo, enquanto se esforçam para lidar com as consequências desastrosas desse fenômeno natural.