Superlotação nas UTIs de Pernambuco devido ao Aumento de Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave

(Foto: Marina Torres/DP Foto)

A situação das emergências de saúde em Pernambuco está crítica, com filas se formando nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) devido ao aumento significativo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente em crianças. A SRAG é uma condição que compromete a função respiratória, resultando frequentemente em hospitalizações.

Apesar dos esforços do governo estadual, a demanda por leitos de UTI tem superado a capacidade de atendimento, gerando preocupações entre os profissionais de saúde. Para lidar com essa situação, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) tem tomado diversas medidas, incluindo a abertura de 130 novos leitos de UTI no último mês, somando-se aos 140 já existentes.

Segundo a secretária de Saúde, Zilda Cavalcanti, essas ações fazem parte de um plano de contingência implementado desde fevereiro, visando combater as arboviroses em geral. Entre as medidas adotadas estão o reforço das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) com recursos humanos e insumos, além da contratação de mais profissionais de saúde.

Os médicos pediatras estão em plantão 24 horas para orientar outros profissionais que lidam com crianças, enquanto as teleconsultas foram estabelecidas como uma forma de atendimento remoto, com cerca de 500 médicos já capacitados para essa modalidade. A gestora ressalta a importância de priorizar os casos mais graves na fila de espera e reconhece os desafios, como a falta de estrutura e profissionais especializados.

A expectativa é que, a partir do final de maio, ocorra uma redução nos casos de SRAG, mas a mobilização da população continua sendo fundamental. Zilda Cavalcanti faz um apelo para que os pais vacinem seus filhos contra a gripe e sigam as orientações de prevenção, como evitar aglomerações e proteger as vias respiratórias, especialmente em crianças menores de dois anos.

Em fevereiro deste ano, Pernambuco implementou um plano de contingência para prevenir as arboviroses e responder aos casos de SRAG, incluindo a criação de um protocolo de atendimento estadual. Apesar desses esforços, o estado decretou estado de emergência devido ao alto índice de ocupação dos leitos de UTI neonatal e pediátrica, evidenciando a gravidade da situação.