São Paulo Declara Estado de Emergência por Surto de Dengue

São Paulo acumulava 217.633 casos prováveis de dengue até 5 de março de 2024, segundo o Ministério da Saúde, destacando o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

São Paulo enfrenta uma crise de saúde pública ao declarar estado de emergência devido ao surto de dengue. Com mais de 144,8 mil casos e 33 mortes registradas, a situação alarmante levou o governo estadual a adotar medidas urgentes para conter a propagação da doença.

A decisão foi tomada pelo Centro de Operações de Emergências (COE), órgão coordenado pela Secretaria Estadual da Saúde, e oficializada nesta terça-feira (5), com a publicação do decreto no Diário Oficial. O aumento exponencial de casos levou o estado a atingir a marca de 300 casos confirmados para cada grupo de 100 mil habitantes, configurando um quadro epidêmico de acordo com os parâmetros estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O decreto de emergência possibilita uma mobilização mais ágil dos recursos públicos no combate à doença, permitindo a destinação de verbas sem a necessidade de licitação e o apoio do Ministério da Saúde. Além disso, facilita a ampliação da rede de atendimento e a contratação de profissionais especializados para lidar com a crise.

O governo estadual pretende investir na intensificação das ações de controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, incluindo a ampliação do uso de equipamentos de fumacê em áreas afetadas. Atualmente, São Paulo conta com cerca de 600 equipamentos em operação, e a expectativa é aumentar esse número para conter a proliferação do vetor.

A preocupação com o aumento dos casos é justificada pelo monitoramento dos sorotipos da dengue circulando no estado, com uma predominância dos tipos 1 e 2. A taxa de positividade para a doença atinge 40%, indicando uma disseminação significativa do vírus entre a população.

O Instituto Butantan ressalta que as condições climáticas favoráveis, como o aquecimento global e o aumento das chuvas, criaram um ambiente propício para a reprodução do mosquito, contribuindo para o surto de dengue. A gestão estadual, no entanto, não consegue prever quando ocorrerá o pico da doença, destacando a necessidade de preparação contínua para enfrentar a situação.

Além das medidas de combate ao vetor, a conscientização da população sobre os cuidados para evitar a proliferação do mosquito é fundamental. A eliminação de criadouros em residências e áreas públicas, a utilização de repelentes e o acompanhamento médico em caso de sintomas são ações importantes para prevenir a doença.

Diante do cenário preocupante, é essencial que o poder público, a sociedade civil e a população em geral se unam no combate à dengue, adotando medidas preventivas e contribuindo para conter a disseminação do vírus. A colaboração de todos é fundamental para proteger a saúde e o bem-estar da comunidade, especialmente em momentos de crise como este.