Parlamentares da Coreia do Sul Aprovam Impeachment do Presidente Interino Han Duck-Soo

DA REDAÇÃO

Na manhã de sexta-feira, 27 de dezembro de 2024, os parlamentares da Coreia do Sul aprovaram o impeachment do presidente interino Han Duck-soo. A decisão foi tomada após acusações de que ele teria participado ativamente da insurreição, logo após o decreto de lei marcial anunciado por seu antecessor, o presidente Yoon Suk Yeol, no início do mês. A moção de impeachment foi aprovada de forma unânime, com todos os 192 parlamentares presentes votando a favor.

A medida foi uma resposta direta ao anúncio de Han Duck-soo na quinta-feira, 26, quando ele declarou em coletiva de imprensa que se recusaria a aprovar a nomeação de três novos juízes para o Tribunal Constitucional, o que gerou uma grande tensão política no país. A oposição, que havia estabelecido um prazo até esta sexta-feira para a nomeação dos juízes, viu nisso uma falta de compromisso com a estabilidade política e jurídica da Coreia do Sul. O Tribunal Constitucional do país, atualmente, está operando com apenas seis juízes, ao invés dos nove que deveriam compor a corte.

O contexto de instabilidade política na Coreia do Sul começou com o impeachment de Yoon Suk Yeol no início deste mês, após o presidente ter tentado impor lei marcial. O episódio gerou intensas manifestações contra o governo, com a oposição e uma parte significativa da população vendo a ação como um risco de golpe. A recusa de Han em nomear os juízes e as tensões políticas resultantes acabaram acelerando a decisão de impeachment, que coloca ainda mais pressão sobre a administração interina.

O impeachment de Han Duck-soo, que assumiu o cargo interinamente após a destituição de Yoon Suk Yeol, aprofunda a crise política no país. A medida coloca em dúvida a capacidade do governo de seguir em frente com as reformas necessárias e estabilizar o clima político em um momento de incertezas. Agora, o caso segue para um novo processo no Senado, onde a continuidade da destituição do presidente interino será decidida.

Essa crise política pode ter consequências duradouras para o futuro da governança da Coreia do Sul, em um momento em que o país enfrenta desafios internos e externos, que exigem liderança e estabilidade. A pressão por uma solução definitiva e o restabelecimento da confiança pública no sistema político será um dos maiores desafios para a administração que sucederá o atual governo interino.