Justiça de Pernambuco revoga prisão de Gusttavo Lima e cantor se defende de acusações

DA REDAÇÃO

A Justiça de Pernambuco revogou, nesta terça-feira (24), a ordem de prisão que havia sido emitida contra o cantor sertanejo Gusttavo Lima. A decisão partiu do desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, que também concedeu habeas corpus a outros investigados no caso, incluindo a influenciadora digital Deolane Bezerra e o empresário Darwin Filho, dono da Esportes da Sorte. A decisão foi tomada após o cantor ter seu nome incluído no sistema de alerta da Polícia Federal na noite anterior.

Na segunda-feira, uma ordem de prisão havia sido decretada pela 12ª Vara Criminal de Recife, que também determinou a suspensão do passaporte de Gusttavo Lima e do seu certificado de registro de arma de fogo. No entanto, o desembargador Maranhão, ao analisar o caso, concluiu que as justificativas usadas para fundamentar o pedido de prisão eram baseadas em “meras ilações” e “considerações genéricas”, e, por isso, revogou tanto a ordem de prisão quanto as restrições anteriormente impostas.

A prisão preventiva de Lima havia sido decretada em primeira instância pela juíza Andrea da Cruz, que argumentou que a participação do cantor em 25% da empresa Vai de Bet — uma das investigadas — reforçava suspeitas sobre suas interações financeiras. Contudo, Maranhão discordou do entendimento da juíza, afirmando que não há “lastro plausível” que comprove materialidade ou autoria dos crimes imputados ao cantor.

Além disso, a decisão abordou a recente viagem de Gusttavo Lima à Grécia, realizada em companhia de outros investigados. De acordo com a juíza Andrea da Cruz, essa viagem poderia ter sido uma tentativa de esconder foragidos da justiça. No entanto, Maranhão esclareceu que, na data da viagem, os investigados citados ainda não eram considerados foragidos, já que as ordens de prisão foram decretadas após o embarque, em 3 de setembro de 2024.

A defesa de Gusttavo Lima emitiu uma nota oficial, reiterando a confiança na justiça brasileira e afirmando que o cantor não tem envolvimento com os crimes investigados pela operação da Polícia Federal em Pernambuco. O texto também reforça que os fatos já foram esclarecidos e que todas as medidas jurídicas cabíveis estão sendo adotadas para reverter a decisão que classificam como “injusta e sem fundamentos legais”.

A investigação, que corre sob segredo de justiça, envolve possíveis irregularidades financeiras relacionadas à empresa Vai de Bet. Lima, porém, tem afirmado que não há qualquer envolvimento seu ou de suas empresas nas atividades investigadas.

O caso ainda atraiu atenção da opinião pública e levantou discussões sobre a operação policial que resultou nas ordens de prisão. A revogação da prisão preventiva de Gusttavo Lima e outros envolvidos, incluindo Deolane Bezerra, representa um novo capítulo em uma investigação que ainda está em andamento e promete mais desdobramentos.