Incêndio de grandes proporções devasta parque nacional de Brasília

DA REDAÇÃO

Um incêndio de grandes proporções atingiu o Parque Nacional de Brasília desde o final da manhã deste domingo, 15 de setembro. De acordo com o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal , o chamado foi recebido às 11h24, quando as primeiras viaturas foram enviadas para conter o fogo. Atualmente, sete caminhões de combate a incêndio e uma aeronave de asa fixa estão presentes no local.

Ainda não é possível estimar a área total afetada pelas chamas, mas os vídeos que circulam nas redes sociais mostram a gravidade da situação, com focos de incêndio evidentes na Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia) , entre a Granja do Torto e a Água Mineral . O Corpo de Bombeiros confirmou que o incêndio é de grande porte e que as equipes estão equipadas para evitar que o fogo se alastre para áreas de risco.

Histórico de Incêndios no Parque Nacional

O Parque Nacional de Brasília, conhecido como um dos principais pulmões verdes da capital federal, já causou outras tragédias ambientais nos últimos anos. O último grande incêndio registrado na área ocorreu em 2022 , quando as chamas consumiram cerca de 7,7 mil hectares , o que representou 20% de toda a área do parque. O fogo da ocorrência chegou perigosamente perto do reservatório de Santa Maria , que é o segundo maior gerenciamento do Distrito Federal e abastece a região central de Brasília , incluindo o Plano Piloto .

A recorrência de incêndios em áreas protegidas como o Parque Nacional de Brasília é uma grave ameaça à biodiversidade e à conservação de recursos hídricos. Um aglomerado local, predominantemente de Cerrado , é altamente vulnerável ao fogo, especialmente durante a estação seca, quando as temperaturas elevadas e a baixa umidade aumentam o risco de incêndios descontrolados.

Incêndio na Floresta Nacional de Brasília

Isso ocorre apenas uma semana após outro grande incêndio que devastou o incidente na Floresta Nacional de Brasília (Flona) . Durante cinco dias, as chamadas extrairam 2.586 hectares , o que equivale a 45,85% da unidade de conservação. Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) , o incêndio na Flona foi o pior registrado no local em uma década.

Assim como no Parque Nacional, as equipes de bombeiros enfrentaram dificuldades para conter o avanço das chamas devido às condições climáticas desfavoráveis. A Flona e o Parque Nacional de Brasília são áreas de extrema importância para a preservação do bioma do Cerrado, abrigando diversas espécies de fauna e flora em risco de extinção, além de serem áreas de lazer e turismo.

Impactos Ambientais e Preservação

Os incêndios no Parque Nacional e na Floresta Nacional de Brasília trazem à tona a urgência de estratégias mais eficazes de combate e prevenção de incêndios em áreas de conservação. Esses episódios também evidenciaram os desafios que o Distrito Federal enfrenta para proteger suas áreas verdes, que desempenham um papel crucial na regulação climática e na preservação dos recursos hídricos.

Além dos impactos imediatos, como a destruição da vegetação e a implantação da fauna local, os incêndios também prejudicaram a qualidade do ar, o que afeta diretamente a saúde da população. Com a formação de grandes colunas de fumaça, a visibilidade nas estradas diminui e as condições respiratórias dos moradores, principalmente crianças e idosos, são agravadas.

O Cerrado , bioma predominante na região, é adaptado ao fogo em condições naturais, mas a frequência e a intensidade dos incêndios provocados por ações humanas colocam em risco a regeneração de suas espécies nativas. Isso afeta o equilíbrio ecológico da região e compromete a sobrevivência de animais que dependem da vegetação para alimentação e abrigo.

Ações de Combate

As autoridades locais e federais estão mobilizando todos os recursos disponíveis para controlar o incêndio no Parque Nacional de Brasília. Além das sete viagens e da tripulação de asa fixa, equipes de brigadistas especializados em incêndios florestais foram acionadas para atuar na linha de frente. O foco inicial é conter o avanço das chamas e evitar que elas atinjam áreas de maior risco, como as áreas próximas das nascentes e de visitação.

O uso de aeronaves no combate ao fogo é essencial em grandes incêndios como este, pois permite o lançamento de água em áreas de difícil acesso por terra. No entanto, as condições climáticas, como os ventos fortes, podem dificultar o trabalho das equipas no solo e no ar. Até o momento, não há informações sobre feridos ou desalojados em ocorrência de incêndio.

Prevenção de Incêndios e Consciência Ambiental

A temporada de seca no Distrito Federal e em outras regiões do Centro-Oeste é periodicamente marcada por um aumento no número de incêndios florestais. No entanto, muitos desses incêndios são causados ​​por atividades humanas, como queimados para o preparo de terras agrícolas ou descobertos com fogueiras em áreas de camping. O uso do fogo como ferramenta agrícola é uma prática antiga, mas pode ter consequências devastadoras quando não controladas melhor.

O ICMBio e outras entidades ambientais destacam a importância de conscientizar a população sobre os riscos de incêndios florestais e a necessidade de colaborar com a preservação das áreas protegidas. Campanhas educativas são fundamentais para reduzir o número de incêndios causados ​​por negligência ou por ações intencionais.

Além disso, é crucial que o poder público invista em medidas preventivas, como a criação de aceiros (faixas sem crescimento que dificultam a propagação do fogo), a ampliação de programas de monitoramento por satélite e o fortalecimento das brigadas de combate a incêndios. A preservação dos biomas brasileiros depende de uma ação coordenada entre governos, ONGs e a sociedade civil.

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