
O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado nesta sexta-feira (13/12) pelo Banco Central (BC), registrou um crescimento de apenas 0,1% em outubro de 2024 em comparação com o mês anterior. Este resultado veio abaixo das expectativas e representa uma desaceleração significativa em relação ao mês de setembro, quando o índice havia avançado 0,8%.
O IBC-Br é um indicador que funciona como uma prévia do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) e leva em consideração diversos aspectos da economia, incluindo a atividade da indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos arrecadados. Esses dados são essenciais para fornecer uma visão mais abrangente sobre a saúde econômica do país e auxiliar a autoridade monetária, como o Banco Central, nas suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic.
Apesar do crescimento modesto de 0,1% em outubro, o indicador acumulado de 12 meses até o mês de outubro de 2024 mostrou um avanço mais robusto de 3,4%, enquanto o crescimento no acumulado do ano ficou em 3,7%. Esses números sugerem que, embora o crescimento tenha desacelerado no último mês, a economia brasileira ainda está registrando ganhos consistentes em comparação com o ano passado.
Além disso, ao considerar o desempenho no trimestre encerrado em outubro, o IBC-Br apresentou uma alta de 1,2% em relação ao trimestre anterior, o que indica uma recuperação em comparação aos três meses anteriores. Quando analisado em comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o crescimento foi ainda mais expressivo, com um avanço de 5,4%. Isso sugere que a economia brasileira ainda está em uma trajetória de recuperação, mas com sinais de desaceleração no ritmo de crescimento.
O resultado de outubro pode ser interpretado como um reflexo de uma desaceleração na atividade econômica, o que pode ser atribuído a fatores como a instabilidade internacional, o impacto das políticas fiscais e monetárias internas, e desafios específicos enfrentados por alguns setores da economia. Embora o crescimento anual ainda seja positivo, a queda no ritmo de expansão pode gerar um novo cenário de incertezas para o futuro próximo.
Esse desempenho mais fraco em outubro também coloca pressão sobre as autoridades econômicas, que precisam considerar esses dados ao definir políticas monetárias para os próximos meses. O Banco Central, que acompanha de perto o desempenho do IBC-Br, terá que avaliar cuidadosamente as implicações dessa desaceleração para possíveis ajustes na taxa de juros, de forma a equilibrar o crescimento econômico com o controle da inflação.
Em um cenário em que a recuperação econômica ainda é visível, mas com sinais de arrefecimento, os próximos meses podem ser decisivos para o ritmo do crescimento do PIB em 2024. O governo e os especialistas estarão atentos aos próximos indicadores e à evolução de fatores internos e externos que possam influenciar a trajetória da economia.