Furacão Helene se aproxima da Flórida e Biden prepara encontro com Zelensky para discutir guerra na Ucrânia

DA REDAÇÃO

Nesta quinta-feira (26), a Flórida se prepara para o impacto catastrófico do furacão Helene, que deverá atingir o estado como uma tempestade de categoria 4, trazendo ventos de até 251 km/h e inundações devastadoras. Ao mesmo tempo, a Casa Branca aguarda a chegada do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para uma reunião crucial com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre o apoio contínuo dos EUA na guerra contra a Rússia. O encontro marca mais um passo na aliança entre os dois países, que tem sido fundamental para a resistência ucraniana no conflito.

O furacão Helene, que começou como uma tempestade tropical, rapidamente se intensificou ao entrar no Golfo do México. A previsão é que ele atinja a costa da Flórida na noite desta quinta-feira, causando danos significativos. O Centro Nacional de Furacões emitiu alertas para mais de 40 milhões de pessoas nas regiões da Flórida, Geórgia e Alabama, recomendando evacuações em várias áreas e alertando sobre possíveis interrupções prolongadas de energia.

O governador da Flórida, Ron DeSantis, instou a população a revisar seus planos de furacão e garantir que estão preparados para enfrentar os impactos da tempestade. Helene já causou destruição em Cuba, onde chuvas intensas atingiram a província de Pinar del Rio, e espera-se que a tempestade traga até 38 cm de chuva em algumas áreas da Flórida, o que poderá causar inundações severas.

Enquanto a Flórida se prepara para o furacão, o foco global se volta para Washington, onde Biden e Zelensky discutirão a guerra em curso entre a Ucrânia e a Rússia. O encontro acontecerá logo após a participação de Zelensky na Assembleia Geral da ONU, onde o conflito na Ucrânia foi um dos principais temas abordados. Além de Biden, a vice-presidente Kamala Harris também se reunirá com Zelensky, reforçando o compromisso dos Estados Unidos em continuar apoiando a Ucrânia até que o país consiga prevalecer sobre a Rússia.

Este será o segundo encontro entre Biden e Zelensky em 2024. No primeiro, ocorrido durante a cúpula da OTAN em julho, Biden anunciou um pacote de ajuda militar para a Ucrânia no valor de US$ 61 bilhões, um montante significativo que ajudou a reforçar as defesas ucranianas. Essa ajuda foi aprovada pelo Congresso americano em meio a intensos debates, especialmente devido à resistência de republicanos que questionaram o tamanho dos recursos destinados ao conflito.

A guerra entre Ucrânia e Rússia, que começou em fevereiro de 2022, tem causado imensos desafios humanitários e econômicos para a Ucrânia. Com o apoio contínuo dos Estados Unidos e outros aliados ocidentais, o governo ucraniano conseguiu resistir às investidas russas, mas o conflito permanece longe de uma resolução definitiva. A reunião desta semana em Washington deve resultar em mais apoio militar e financeiro para Kiev, além de fortalecer os laços diplomáticos entre os dois países.

O encontro de Zelensky com Kamala Harris também é visto como um momento crucial para a vice-presidente, que está concorrendo à presidência nas próximas eleições. Seu envolvimento na diplomacia relacionada à guerra na Ucrânia visa mostrar sua capacidade de liderar em questões globais e garantir a continuidade do apoio dos EUA à Ucrânia, independentemente do resultado eleitoral.

A guerra na Ucrânia e a devastação do furacão Helene são apenas dois dos muitos desafios globais que estão moldando o cenário político e econômico atual. Enquanto a Flórida enfrenta a força destrutiva da natureza, Washington se prepara para discutir a guerra que continua a assombrar o leste europeu. Esses dois eventos são reflexos das complexidades e das crises interconectadas que o mundo enfrenta em 2024, com desastres naturais cada vez mais intensos e conflitos geopolíticos que testam a estabilidade internacional.

Autoridades americanas, assim como meteorologistas, continuam a monitorar de perto o avanço do furacão Helene, alertando que os ventos e as inundações podem causar destruição significativa, principalmente em áreas vulneráveis da Flórida. O vice-diretor do Centro Nacional de Furacões, Jamie Rhome, destacou a importância de as pessoas levarem a sério as advertências e se prepararem adequadamente, lembrando que a maioria das mortes em furacões está relacionada a inundações repentinas e acidentes em estradas alagadas.

Já no cenário geopolítico, o presidente Biden reforçará a mensagem de que os Estados Unidos permanecerão ao lado da Ucrânia até o fim da guerra. A presença de Zelensky em Washington é um lembrete de que, apesar dos desafios domésticos, a política externa americana continua focada em manter a ordem global e apoiar a autodeterminação de países aliados.

A tempestade e a guerra, embora distintas em suas origens, representam as lutas atuais enfrentadas tanto pela natureza quanto pela política internacional. O impacto do furacão Helene pode durar semanas, com esforços de recuperação que provavelmente custarão bilhões de dólares. Da mesma forma, o conflito na Ucrânia ainda parece longe de uma solução, com ambos os lados firmes em suas posições e a comunidade internacional buscando maneiras de mediar uma paz duradoura.

Enquanto os cidadãos da Flórida enfrentam a tempestade iminente, a Casa Branca se prepara para fortalecer os laços com a Ucrânia, em uma semana que promete ser decisiva tanto para o futuro de um estado americano quanto para o destino de uma nação europeia em guerra.