Novo decreto de Lula estabelece meta de inflação contínua de 3% para o Brasil

Fonte: Redes Sociais
DA REDAÇÃO

Na última terça-feira, 25, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto presidencial que altera o sistema de metas para a inflação no Brasil. A nova regra estabelece uma meta de inflação contínua de 3%, abandonando o modelo atual que segue o ano calendário. O decreto deve ser publicado em uma edição extra do Diário Oficial da União (DOU) nesta quarta-feira, 26.

A mudança foi discutida em uma reunião que contou com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e da ministra substituta da Casa Civil, Miriam Belchior.

O sistema de metas para a inflação no Brasil, que atualmente define uma meta anual, passará a adotar uma meta contínua. A meta de 3% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo será perseguida de forma contínua pelo Banco Central. Esta alteração tem o objetivo de proporcionar maior estabilidade econômica e previsibilidade para o mercado financeiro.

A mudança já havia sido anunciada pelo governo em 2023, e houve debates no mercado e na academia sobre a demora na implementação da nova medida. A definição da meta de inflação, tradicionalmente, seguia o ano calendário, e cabia ao Conselho Monetário Nacional (CMN) deliberar sobre o tema após proposta do Ministério da Fazenda.

O Conselho Monetário Nacional, formado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, será responsável por implementar e acompanhar a nova meta contínua. Roberto Campos Neto, que tem sido alvo de críticas do presidente Lula, desempenha um papel crucial na gestão da política monetária do país.

Com a publicação do decreto, a Secretaria de Política Econômica da Fazenda deve divulgar uma nota técnica explicando a mudança na meta de inflação. A medida visa alinhar a política monetária brasileira com práticas internacionais e oferecer um quadro mais estável para a inflação no país.

Essa mudança ocorre em um momento crítico para a economia brasileira, que enfrenta desafios como a alta inflação e a necessidade de ajustes fiscais. A meta contínua de 3% é vista como um passo importante para manter a inflação sob controle e garantir a confiança dos investidores.

A decisão de implementar uma meta de inflação contínua reflete uma abordagem mais rigorosa e sustentável para a gestão econômica do país. Espera-se que esta medida contribua para uma maior previsibilidade e estabilidade econômica, beneficiando tanto os consumidores quanto o mercado financeiro.

A aprovação da nova meta de inflação contínua é um marco significativo na política econômica do governo Lula. Com esta medida, o governo demonstra seu compromisso em enfrentar os desafios econômicos de maneira proativa e responsável, buscando sempre o equilíbrio fiscal e a estabilidade macroeconômica.