Brasil conquista medalha inédita por equipes na Ginástica Artística nas Olimpíadas de Paris 2024

Crédito: Divulgação/Olympics
DA REDAÇÃO

A equipe brasileira feminina de ginástica artística fez história nesta terça-feira, 30 de julho de 2024, ao conquistar a medalha de bronze na final por equipes dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. A seleção, formada por Rebeca Andrade, Jade Barbosa, Flávia Saraiva, Lorrane Oliveira e Júlia Soares, alcançou um total de 164.497 pontos, garantindo a inédita medalha olímpica. Os Estados Unidos ficaram com o ouro, somando 171.296 pontos, enquanto a Itália levou a prata com 165.494 pontos.

A equipe brasileira chegou à final com grandes expectativas, especialmente após conquistar a medalha de prata no Mundial da Antuérpia em 2023. O desempenho em Paris reafirmou o potencial da equipe, mesmo enfrentando desafios e momentos de tensão durante a competição.

Durante a final, a performance da equipe brasileira ficou ligeiramente abaixo das classificatórias em três aparelhos. Na trave, as brasileiras somaram 39.966 pontos, 1.467 a menos do que na fase preliminar. Nas barras assimétricas, conquistaram 41.199 pontos, 0.234 a menos, e no salto, obtiveram 42.366 pontos, 0.367 a menos do que na classificatória. No entanto, no solo, as brasileiras tiveram um desempenho levemente melhor, com destaque para a nota de Flávia Saraiva, que superou a de Jade Barbosa na fase classificatória. Rebeca Andrade, no salto, foi o grande destaque com uma nota de 15.100, maior do que na preliminar.

O Brasil também se beneficiou do desempenho abaixo do esperado da China, que se classificou para a final em terceiro lugar, mas terminou em sexto devido a erros graves, principalmente na trave. A principal disputa do Brasil passou a ser com a Grã-Bretanha, que terminou em quarto lugar com 164.263 pontos.

A participação brasileira na final teve um momento dramático antes mesmo do início da competição. Flávia Saraiva se machucou durante o aquecimento nas barras paralelas, escorregando e caindo com o rosto no chão. Após o tombo, a atleta precisou de ajuda para sair da área de competição e foi atendida com um corte no supercílio. Apesar do susto e do ferimento, Flávia usou uma proteção e competiu na final, contribuindo para a conquista da medalha.

A emoção com a ginástica artística brasileira não para por aqui. Rebeca Andrade, Flávia Saraiva e Júlia Soares ainda têm mais competições pela frente nos próximos dias. Rebeca é a brasileira que estará presente em mais decisões: individual geral, trave, salto e solo. Em todas essas competições, sua principal adversária será a americana Simone Biles. As duas já disputaram quatro finais, além da final por equipes, no Mundial da Antuérpia em 2023, onde Rebeca conquistou o ouro no salto e a prata nas demais decisões, nas quais Biles foi campeã.

Além de Rebeca Andrade, Flávia Saraiva também competirá na final do individual geral, que acontecerá na quinta-feira, 1º de agosto. Júlia Soares garantiu vaga na final da trave, que será na próxima segunda-feira, 5 de agosto.

Notas da equipe brasileira por aparelho:

Salto:

  • Jade Barbosa – 13.366
  • Flávia Saraiva – 13.900
  • Rebeca Andrade – 15.100
  • Total: 42.366

Solo:

  • Júlia Soares – 13.233
  • Flávia Saraiva – 13.533
  • Rebeca Andrade – 14.200
  • Total: 40.966

Trave:

  • Júlia Soares – 12.400
  • Flávia Saraiva – 13.433
  • Rebeca Andrade – 14.133
  • Total: 39.966

Barras Assimétricas:

  • Lorrane Oliveira – 13.000
  • Flávia Saraiva – 13.666
  • Rebeca Andrade – 14.533
  • Total: 41.199

Essa conquista histórica marca um momento significativo para a ginástica artística brasileira, reafirmando o talento e a dedicação das atletas e abrindo caminho para futuras vitórias no cenário internacional.