Neste sábado, 12 de outubro, o Dia das Crianças deve movimentar R$ 9,35 bilhões no comércio brasileiro, segundo estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A expectativa é que o varejo apresente um crescimento de 2,6% em comparação ao ano passado, solidificando dados como um dos principais eventos do calendário do varejo nacional, atrás apenas do Natal e do Dia das Mães em termos de faturamento.
Expectativas de Consumo
A previsão positiva para o Dia das Crianças se desenvolverá uma combinação de fatores que melhoraram as condições de consumo em relação ao ano anterior. Embora a inflação e os juros ainda sejam preocupações, a melhoria no mercado de trabalho tem sido um fator decisivo. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do IBGE revelou que, no trimestre encerrado em agosto de 2024, a taxa de desemprego atingiu 6,8%, o menor nível em mais de uma década. Esse cenário de emprego em recuperação contribui para um aumento no poder aquisitivo das famílias.
Além disso, a massa real de rendimentos, beneficiada por uma política de valorização do salário mínimo, registou um avanço real de 8,3% nos últimos 12 meses. Esse crescimento na renda disponível deve impactar positivamente as vendas no varejo durante a celebração do Dia das Crianças.
Setores em Destaque
Os setores de vestuário e calçados devem se destacar nas vendas deste ano, respondendo por 27% do total projetado, o equivalente a R$ 2,56 bilhões. Eletroeletrônicos e brinquedos também têm papel importante, com uma previsão de faturamento de R$ 2,30 bilhões, o que representa 25% do total.
Outro setor que se destaca é o de perfumarias e farmácias, que deve movimentar R$ 2,15 bilhões e apresentar um crescimento de 6% em relação ao ano passado. Esse aumento reflete a tendência de presentear crianças com produtos de cuidado pessoal e higiene, além de itens de saúde.
Desempenho Regional
Em termos regionais, os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro serão os principais responsáveis pela transação financeira no Dia das Crianças, respondendo juntos por mais da metade (57%) do total esperado para 2024. São Paulo lidera com R$ 2.678 bilhões, seguido por Minas Gerais com R$ 916 milhões e Rio de Janeiro com R$ 752 milhões. O Paraná, por sua vez, deve registrar o maior crescimento regional em comparação ao ano passado, com um aumento de 7,4%.
Preços e Tendências de Compra
De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a CNC projeta que o preço médio da cesta de 11 grupos de bens e serviços relacionados ao Dia das Crianças terá uma variação de 2,8% em comparação ao ano passado, apresentando uma desaceleração em relação aos 6,7% registrados em 2023.
Os itens que devem sofrer os maiores aumentos de preço incluem livros (+9,7%), chocolates (+7,2%) e sapatos infantis (+6,5%). Por outro lado, a tendência é que produtos como bicicletas (-4,3%), ingressos para cinemas e teatros (-3,9%) e brinquedos em geral (-2,8%) apresentem uma queda nos preços em relação ao ano anterior.
Considerações Finais
A expectativa de um movimento robusto no Dia das Crianças reflete não apenas a melhoria nas condições econômicas, mas também a importância emocional e social dos dados para as famílias brasileiras. Com um comércio aquecido e um cenário de recuperação econômica, o Dia das Crianças de 2024 promete ser um momento de celebração e consumo, destacando a força do varejo no Brasil.
A data, que já é uma tradição no país, continua a desempenhar um papel vital no calendário comercial, demonstrando que, apesar dos desafios econômicos, o setor varejista consegue se adaptar e prosperar em tempos de mudança.
