São Paulo enfrenta dia de ar poluído e recordes negativos em qualidade do ar

DA REDAÇÃO

Em um episódio crítico de saúde pública, a cidade de São Paulo alcançou o indesejado título de metrópole com a pior qualidade de ar do mundo nesta segunda-feira, segundo dados do site suíço IQAir. O índice de qualidade do ar na capital paulista atingiu 160, ultrapassando outras cidades conhecidas por seus problemas de poluição, como Ho Chi Minh e Lahore, além de superar grandes centros urbanos como Jerusalém, Doha e Pequim.

Esta marca alarmante ocorre em um contexto de queimadas persistentes e um período de calor intenso, com a baixa umidade agravando ainda mais a situação. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) classificou a qualidade do ar como “muito ruim” em várias regiões, incluindo Carapicuíba, Itaim Paulista e Osasco. Particularmente na capital, áreas próximas à marginal Tietê e os bairros de Perus e Santana enfrentaram condições críticas.

A poluição também foi severa em bairros como Ibirapuera, Interlagos e Santo Amaro, enquanto Itaquera e Mooca apresentavam os melhores índices dentro da cidade. Em outras partes do estado, cidades como Jundiaí e Ribeirão Preto também registraram níveis preocupantes de poluição do ar.

As consequências para a saúde são significativas, com a possibilidade de exacerbação de problemas respiratórios e cardíacos, especialmente em indivíduos vulneráveis. A situação também representa um risco generalizado para a saúde da população paulista.

A gravidade do problema é ilustrada pelos incêndios ativos no estado. A Defesa Civil de São Paulo relatou que oito focos de incêndio estavam ativos e 48 cidades do interior foram colocadas em alerta vermelho. Entre as áreas mais afetadas estão as cidades de General Salgado, Dois Córregos, Santo Antônio do Aracanguá, Pedregulho e Itirapuã, além de Mairiporã, São João da Boa Vista e Elias Fausto.

Esses incêndios não apenas exacerbam a poluição do ar, mas também ameaçam a biodiversidade e a sustentabilidade das regiões afetadas. Com a continuação das condições climáticas adversas, o risco de novos incêndios permanece alto, e a Defesa Civil renovou o alerta de risco elevado para incêndios em todo o estado até a próxima terça-feira.

O cenário em São Paulo é um reflexo das complexas interações entre mudanças climáticas, gestão ambiental e urbanização, exigindo uma resposta coordenada de políticas públicas e conscientização da população. O governo e as agências relevantes estão sendo instados a adotar medidas mais robustas para combater a origem desses problemas e mitigar seus efeitos prejudiciais à saúde e ao ambiente. A situação destaca a urgente necessidade de políticas eficazes de controle de queimadas e melhoria da qualidade do ar, elementos chave para proteger a saúde dos cidadãos e garantir um ambiente mais seguro e habitável.