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Maria Branyas Morera, reconhecida como a pessoa mais velha do mundo, faleceu aos 117 anos. Nascida em 4 de março de 1907, Maria viveu uma vida marcada por momentos históricos e testemunhou eventos significativos ao longo de seus 117 anos de vida. Ela morreu pacificamente na segunda-feira, 19 de agosto de 2024, em uma casa de repouso na Catalunha, Espanha, onde morava há duas décadas. A notícia de seu falecimento foi confirmada por sua família e pelo Guinness World Records, que a reconheceu como a pessoa viva mais velha do mundo em janeiro de 2023.
Maria Branyas Morera, uma mulher cuja vida atravessou três séculos, tornou-se uma figura de inspiração e exemplo para muitos. Ela assumiu o título de pessoa mais velha do mundo após a morte da freira francesa André, que faleceu em janeiro de 2023, aos 118 anos. Desde então, Maria se tornou um símbolo de longevidade, atribuindo sua longa vida a uma combinação de ordem, tranquilidade, boas relações familiares e sorte.
Uma vida que atravessou três séculos
Nascida nos Estados Unidos em 1907, Maria Branyas Morera era filha de imigrantes espanhóis que se mudaram para o país em busca de uma vida melhor. Apenas um ano após seu nascimento, sua família retornou à Espanha, estabelecendo-se em Barcelona. Sua vida foi marcada por eventos significativos, como a Primeira Guerra Mundial, a Guerra Civil Espanhola e a Segunda Guerra Mundial.
Maria cresceu em uma época de mudanças drásticas e desafios sociais e econômicos, mas ela sempre manteve uma perspectiva positiva e uma forte ligação com sua família. Em várias ocasiões, Maria afirmou que sua longevidade era resultado de uma vida bem vivida, cercada por pessoas que amava e mantendo-se afastada de negatividades. “Sou velha, muito velha, mas não sou idiota”, ela costumava dizer, mostrando que, apesar da idade avançada, sua mente permanecia afiada.
Resiliência em tempos difíceis
Durante a pandemia de Covid-19, Maria Branyas Morera se destacou como uma das pessoas mais velhas a se recuperar do vírus. Em maio de 2020, aos 113 anos, ela testou positivo para a Covid-19, mas conseguiu se recuperar totalmente, um feito que surpreendeu muitos e reforçou sua imagem de resiliência e força. Sua recuperação foi amplamente noticiada, e Maria se tornou uma inspiração para muitos que enfrentavam a pandemia.
Maria continuou a usar as redes sociais, com a ajuda de sua filha, para se comunicar com seus milhares de seguidores, compartilhando reflexões sobre a vida, a longevidade e o envelhecimento. Sua biografia em sua conta no X (antigo Twitter) refletia seu espírito forte e independente: “Sou velha, muito velha, mas não sou idiota”. Essas palavras ecoaram a sabedoria e a perspicácia que a acompanharam ao longo de sua vida.
Reconhecimento e legado
Com a morte de Maria, o título de pessoa viva mais velha passa para Tomiko Itooka, uma japonesa de 116 anos, segundo o Gerontological Research Group. O legado de Maria, no entanto, permanece como um testemunho da importância de viver uma vida plena e conectada às pessoas que amamos.
Maria Branyas Morera tornou-se a oitava pessoa mais velha da história registrada a atingir essa idade avançada, de acordo com o Guinness World Records. Ela também destacou a importância da genética, da sorte e das escolhas de vida na busca pela longevidade. Em suas entrevistas, Maria frequentemente mencionava que, além de cuidar de sua saúde física, manter uma mente positiva e cultivar boas relações era fundamental para uma vida longa e feliz.
Uma despedida tranquila
A morte de Maria foi anunciada por sua família em um post nas redes sociais, onde compartilharam que ela faleceu de forma tranquila, enquanto dormia. “Ela saiu como queria: dormindo, em paz e sem dor”, dizia o post. Antes de sua morte, Maria expressou seu sentimento de satisfação com a vida que viveu, afirmando que sua longa jornada estava chegando ao fim de forma serena.
Sua vida, marcada por grandes eventos históricos e por um profundo senso de família e comunidade, serve como uma lembrança de que a longevidade é mais do que apenas alcançar uma idade avançada; é sobre viver cada dia com propósito, cercado por amor e conexões significativas.